Existem alguns momentos em nossa vida, que decididamente não sabemos que rumo tomar.
São momentos em que não precisamos da presença de um amor ao nosso lado, pois não teremos cabeça para aquela paixão desmedida. Nessa hora, queremos apenas um papo amigo, uma conversa amistosa... Não queremos beijo na boca, queremos apenas conversar. Nosso espírito está em conflito consigo mesmo.
Queremos sentir a presença na cama, ao nosso lado, mas não desejamos aquele contato íntimo tão querido. Nosso momento é de introspecção...
Nesses momentos, em que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou simplesmente o estar ali, lado a lado, transmitindo compreensão, carinho, entendimento, mesmo sem nada dizer. Queremos o carinho amigo, e não a carícia apaixonada.
Nesses momentos tão íntimos, em que não sabemos sequer explicar o porque, mas quando sentimos que estamos mesmo quase chorando, sentindo uma estranha agonia interior, desejamos apenas e tão somente uma presença amiga, que nos ouça com toda a paciência e compreensão, que procure nos animar, que fique brincando conosco, que consiga mesmo nos fazer sorrir.
Que não faça pouco de nossas tristezas, que as ache mesmo as maiores tristezas do mundo.
Precisamos ouvir palavras de estímulo, e até mesmo de elogio, embora saibamos não serem totalmente sinceras... mas naquele momento, é o que realmente precisamos ouvir, nem que seja o "me engana que eu gosto..."
Mas também é importante que, se chegar o momento certo, que nos mande calar a boca, ao notar que estamos falando muita besteira, ou se estivermos a ponto de cometer algum gesto impensado, e que seja amigo o suficiente, para, ainda que pense estarmos errados, que fique ao nosso lado.